Gestão ambiental do Beberibe é tema de debate entre governo e sociedade civil

05.02.2010 - Um rio limpo, navegável, que gera renda, serve de lazer e turismo para muitas pessoas. Há muito tempo esta deixou de ser a realidade do rio Beberibe que corta as cidades de Olinda, Recife e Camaragibe, em Pernambuco. Hoje, os 81,37km2 do Beberibe têm como principais características a alta densidade demográfica, concentrando áreas de baixa renda, baixa infra-estrutura, áreas de risco com morros e alagados. Às margens do rio, encontra-se uma população extremamente carente que vive em palafitas. A água limpa deu lugar a canais e sujeira. A paisagem é de lixo e poluição.

Com objetivo de discutir estas problemáticas e a gestão do rio Beberibe e fomentar o debate entre o poder público e sociedade civil, foi realizado, ontem, o III Encontro Formativo do Projeto Comunidade Viva. Realizado no Centro Tecnológico do Nascedouro de Peixinhos, em Olinda, o evento contou com a participação de 45 pessoas.

Junto aos parceiros do Projeto – Fundação AVSI, governo do estado e prefeitura de Olinda – foram trazidas representações do Programa de Infra-Estrutura e Urbanização em Áreas de Baixa Renda da Região Metropolitana do Recife (PROMETRÓPOLE), bem como da secretaria das cidades, da companhia estadual de habitação e obras (CEHAB), da secretaria de obras e serviços públicos de Olinda e do Grupo Gestor da Bacia do Beberibe. As apresentações focaram nas obras de intervenção que vêm acontecendo em várias comunidades, como Passarinho, Peixinhos e Caixa d’Água que ficam à margem do rio Beberibe.

Representantes da sociedade civil trouxeram principalmente questionamentos relacionados aos atrasos das obras. De acordo com o governo, ajustes orçamentários e trâmites burocráticos são algumas razões para estes atrasos. “É importante que se compreenda que um programa desse porte (PROMETRÓPOLE), com financiamento externo, exige do governo cumprir com várias exigências, realmente é muito demorado. Só para montá-lo foram elaborados 42 volumes de documentos”, explicou Eda Lins da gerência ambiental do PROMETRÓPOLE.

Para Eliane Cavalcanti, representante do Instituto Lua Clara desde cedo as pessoas deveriam aprender como preservar o meio ambiente. “Educação perpassa por qualquer ação, mas tem que começar nas escolas, por isso sugiro que o governo inclua educação ambiental nas grades curriculares”, declara Cavalcanti.

Por outro lado, a sociedade civil compreende que a gestão do Rio não é somente responsabilidade do poder público. “Considero sim, que a população também tem que ter responsabilidade ambiental. A minha ONG Ambiente de Direito está tentando executar o projeto Agentes Jovens Ambientais para formar multiplicadores”, afirma o membro da ONG Ovídio Ferreira.






2 comentários:

Anônimo disse...

Com certeza o terceiro encontro formativo foi de grande importância,pois as informações e as reivindicações fez com que a minha pessoa, olhasse para esta questão da bacia do rio beberibe de maneira mais aprofundada.
Com certeza a culpa não e só dos governos,nem só da sociedade civil organizada, todos nós somos culpados por isso acho que todos nós unidos e que temos que consertar este erro,por isso gostaria de elogiar ao senhor Ovidio Ferreira.
Só trabalhando em conjunto poderemos um dia ter
Um rio que desejamos.
Parabens fundação avsi pela iniciativa.

Marcone de Albuquerque Maranhão disse...

A mensagem acima foi enviada por Marcone de Albuquerque Maranhão.(cedibe)

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