Gênero e Igualdade Racial são debatidos no VI Encontro Formativo

05.08.2010 - Gênero e Igualdade Racial foi o tema do VI Encontro Formativo, do Projeto Comunidade Viva que aconteceu, nesta quinta-feira (5), no Centro Tecnológico do nascedouro de Peixinhos, em Olinda. A ação que teve o objetivo de debater, junto à comunidade, sobre políticas públicas que visam a proteção dos direitos de indivíduos, grupos raciais, étnicos e de gênero afetados pela discriminação e demais formas de intolerância, contou com a participação de Donana Cavalcanti, coordenadora da Coordenadoria da Mulher de Olinda (CMO) e do Instituto Lua Clara; Lindacy Assis, representante do Coletivo de Entidades Negras e do Sindsaúde/PE, Samuel da Luz, consultor do Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Étnicorracial (CEPIR). O encontro contou com a presença da equipe do PROMETRÓPOLE, AVSI e representantes da sociedade civil.

Na ocasião foi exibido o curta “Vida Maria”, que retrata o ciclo da pobreza de mulheres que não tiveram acesso a escola e vivem para cuidar da família. Após a exibição do vídeo, os participantes realizaram um debate sobre a atual situação da mulher brasileira. De acordo com Donana Cavalcanti, o tema gênero deve ser ampliado. “Esse é um assunto ainda muito delicado, porque a nossa sociedade se consolidou em um sistema patriarcal e conservador. Por isso precisamos aprofundar o debate com toda a sociedade”, comentou.

O consultor do Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Étnicorracial (CEPIR), Samuel da Luz falou sobre os trabalhos desenvolvidos pelo CEPIR, na área da educação, religião, orientação sexual, segurança e saúde. Já Lindacy Assis, representante do Coletivo de Entidades Negras e do Sindsaúde/PE, destacou a dura realidade das mulheres negras. “Hoje nós temos políticas para os negros, mas é preciso que todos os setores atuem para beneficiar a todos da sociedade. É preciso que aconteçam mais debates como esse para alertar a população de que muito ainda precisa ser feito”, frisou.

Segundo a coordenadora local do Projeto Comunidade Viva, Ana Bianchi, a discriminação e o preconceito interferem a vida das pessoas. “É importante expandir o tema nas organizações comunitárias para que eles se fiquem mais preparados para lidar com pessoas que sofrem ou sofreram algum tipo de intolerância”, concluiu.

O Projeto Comunidade Viva tem o objetivo de integrar as ações de urbanização de áreas de baixa renda do PROMETRÓPOLE e do Programa de Aceleração do Crecimento – PAC, do Governo Federal, principalmente no que diz respeito ao fortalecimento da participação das organizações comunitárias e do seu diálogo com as entidades e o Poder Público. A ação também visa melhorar os indicadores de trabalho e renda, com atenção particular à questão de gênero nas comunidades de Passarinho, Caixa D'Água, Beberibe, Peixinhos, Azeitona e Varadouro, devido ao seus elevados índices de pobreza.

Fonte: Assessoria Comunicação PROMETRÓPOLE





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